O ReconectaGEO pretende trazer instrumentos práticos para a convergência, ou a reconexão das diferentes disciplinas derivadas da Mecânica Aplicada ao meio físico. O meio físico natural (geológico) e a sua complexa heterogeneidade requereu, ao longo da evolução do conhecimento humano, estudos e formação profissional especializada.


A prática profissional atual necessita que as diferentes especializações retomem os pontos de conexão, que as linguagens técnicas especializadas convirjam, de modo que as soluções (projetos) ganhem sustentabilidade e eficiência.


É nesse sentido que a APSG e o Núcleo Sul da ABGE promovem a segunda série de Palestras: promover a reconexão das disciplinas especializadas no meio físico.


As palestras envolvem aspectos básicos da mecânica aplicada, tendências tecnológicas, bem como formação, capacitação, atuação e interação profissional em um cenário compartimentado.

Objetivo do ReconectaGEO

Abordar de forma prática assuntos relacionados à Geotecnia, Geologia de Engenharia e Geologia Ambiental, proporcionando trocas de experiências e atualização.

Público-alvo

estudantes de Geologia, Eng. Geológica, Eng. Civil, Eng. Ambiental, Eng. de Minas e áreas afins, jovens e profissionais experientes.

Programação:


CICLO 1 (Julho): Geologia de Engenharia
Princípios e técnicas de investigação
A integração de saberes profissionais
17/07 e 18/07 (Online)
21/07 (Presencial – Porto Alegre)
Local: Mútua-RS – R. Dom Pedro II, 864 – Bairro: Higienópolis.
24/07 e 25/07 (Online)


CICLO 2 (Agosto): Mecânica dos solos aplicada
Princípios e técnicas de investigação
Estudos de casos
21/08 e 22/08 (Online)
25/08 (Presencial – Santa Maria)
Local: Auditório B1 – Centro de Ciências Naturais e Exatas – UFSM – Prédio 13, Av. Roraima, 1000 Bairro: Camobi.
28/08 e 29/08 (Online)


CICLO 3 (Outubro): Mecânica das rochas aplicada
Princípios e técnicas de investigação
Estudos de casos
16/10 e 17/10 (Online)
20 (Presencial – Pelotas)
23/10 e 24/10 (Online)


CICLO 4 (Novembro): Geologia Ambiental e Hidrogeologia aplicadas
Princípios e técnicas de investigação
Estudos de casos
20/11 e 21/11 (Online)
24/11 (Presencial – Passo Fundo)
27/11 e 28/11 (Online)

  • Durante visita realizada em 2020 pelo Presidente da APSG, Geólogo Gabriel Almeida Pastl, ao Secretário de Estado de Obras e Habitação do Rio Grande do Sul, José Luiz Sdétile, o representante estadual comprometeu-se a qualificar seus quadros com profissionais especializados tendo em vista a política de hidrogeologia desenvolvida pela unidade estatal, a qual é responsável pela perfuração dos poços tubulares do governo do RS. “Novas oportunidades aos geólogo(a)s são fundamentais para a valorização de nossa profissão”, ressalta Pastl. Após a reunião a expectativa era a de que fosse aberto concurso público para o quadro permanente de servidores estaduais, pelos órgãos que necessitem do conhecimento em Geociência. No entanto, a Secretaria de Obras e Habitação do RS publicou na data de hoje o EDITAL 03/2021 – ANALISTA AMBIENTAL, com vagas para contratação temporária e emergencial.
  • Para mais informações e orientações, acesse: EDITAL 03/2021 – ANALISTA AMBIENTAL

No dia 03 de dezembro foi realizado o curso sobre Ensaios de Bombeamento e Cálculo de Projeto de Operação para profissionais da geologia, ministrado pelo Geólogo Dr. Carlos Alvin Heine na modalidade presencial, o qual ocorreu nas dependências da Mútua em Porto Alegre.

Este curso foi uma realização do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Águas Subterrâneas – NEAS, com o apoio da Universidade Federal do Pampa, da Mútua e da APSG. Confira abaixo as fotos do curso.

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APSG FIRMA PARCERIA COM ABES-RS

A Associação Profissional Sul-Brasileira de Geólogos (APSG) oficializou, na manhã desta quarta-feira, dia 17 de novembro, uma parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Seccional Rio Grande do Sul (ABES-RS). Este compromisso foi firmado por meio da assinatura do Termo de Cooperação, entre as presidências da APSG e ABES, representadas por Gabriel Pastl e Ana Elizabeth Carara. O termo inclui a realização de eventos e ações técnicas, além do compartilhamento da sede da ABES, em Porto Alegre, com a APSG.

“O acordo abre mais uma possibilidade importante de evolução para os nossos associados, tendo em vista a abertura de novos espaços e atividades para a troca de conhecimentos. Todos saem ganhando”, avalia Gabriel Pastl.

Após a chancela do documento, o endereço da ABES passará a ser a sede fiscal da APSG – sendo a Rua Júlio de Castilhos, 440, sala 131, no centro da capital, o novo endereço para onde deverão ser direcionadas todas as correspondências.

“Estamos muito otimistas com essa parceria firmada. Nossa gestão se despede com a certeza de que essa parceria agregará mais um espaço de interlocução entre os profissionais que possuem atividades afins dentre as mais diversas áreas e também o reconhecimento mútuo entre ambas entidades”, comemora Gabriel.

Estiveram presentes na reunião os Geólogos Sérgio Cardoso, Leandro Leal e Gabriel Pastl (esquerda para direita), que fazem parte da APSG, juntamente com a Presidente da ABES-RS Ana Elizabeth Carara.

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NOTA DE FALECIMENTO

É com grande pesar que comunicamos o falecimento da Geóloga Deize Mara Schwelm Vidal.

Natural de Cachoeira do Sul e com seus 64 anos recém completados, Deize veio a óbito dia 10 de Outubro no Hospital de Tramandaí, deixando o filho André (41), os netos Luan Vitor (18) e Lara Luiza (07), e muitos gatos e cães que ela acolheu e adotou em casa e no coração, como também seus irmãos e diversos amigos.

Deize era geóloga especialista pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) onde concluiu mestrado. Atuou como professora e pesquisadora na UFSM, e também deu aulas teóricas e práticas nas Universidades Autônoma e Complutense, em Madri. Com paixão e determinação, foi consultora sênior em pesquisa e prospecção de metais nobres no Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Nos intervalos das suas pesquisas, colaborava na assessoria técnica em diversos municípios do Litoral Norte gaúcho onde morou nos últimos anos de vida.

Registramos aqui nossos sentimentos aos seus familiares.

LANÇAMENTO DE NOVA PUBLICAÇÃO

A APSG, juntamente com a ABGE, FEBRAGEO e o CONFEA/CREA lançam o livro “Investigações geológico-geotécnicas – Guia de boas práticas” que reúne seis publicações em formato único sobre as melhores práticas de investigação do meio natural e antrópico

A obra foi editada pelo geólogo e mestre em geotecnia, João Jeronimo Monticelli, que foi presidente da ABGE na Gestão 2012-2013, atuou no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), CESP (Companhia Energética de São Paulo), Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, dentre outros. Também foi coeditor do livro “Geologia de Engenharia e Ambiental”, publicado pela ABGE em 2018, e atualmente é consultor em Geologia de Engenharia e em Gestão de Recursos Hídricos.

Neste livro, os conteúdos selecionados buscam resgatar e atualizar conceitos e metodologias consagradas no meio, abordando o uso de tecnologias digitais, principalmente para as sondagens mecânicas e ensaios de campo e laboratório.

Esta obra atualiza quatro publicações de grande prestígio da ABGE e acrescenta outras duas que tratam de temas correlatos e atuais, com um apêndice que permite o acesso a teses de mestrado e doutorado relacionadas ao tema.

Diferenciais da obra

Dentre os atrativos desse lançamento está a facilidade de consulta ao conteúdo reunido, elencando de forma simples e organizada as melhores práticas de investigações geológico-geotécnicas, com foco em obras civis e mineiras. Além disso, a edição foi adequada para uma linguagem simples e com conteúdo elucidativo, tendo como público-alvo não apenas os profissionais e especialistas da área, mas os demais envolvidos, como empreendedores, projetistas, agentes do poder público e contratantes de serviços.

“Durante a produção desse trabalho houve uma preocupação em tratar os assuntos de forma esclarecedora, visando especialmente a sensibilização da importância das investigações a todos os responsáveis diretos e indiretos por projetos de obras civis e mineiras. É importante destacar também o envolvimento de colegas profissionais da área de mineração, que trouxeram contribuições valiosas sobre sondagens profundas”, relata Monticelli.

O apêndice do livro contém 493 títulos de trabalhos acadêmicos sobre o tema “Investigações Geológico-Geotécnicas”, produzidos por 27 unidades de ensino superior brasileiras (16 universidades), acessíveis, em sua íntegra, aos interessados por meio de QR Code.

Outro destaque dessa edição é a capacidade de conciliar todos esses conteúdos, respeitando os diferentes pontos de vista de um mesmo assunto, ou de temas que se interagem ou se complementam, em uma unidade coesa e acessível.

A conclusão dessa obra é parte também de muita conversa e consenso para que conteúdos tão diversos estejam alinhados, como explica João Jeronimo Monticelli: “Como editor e conhecedor do conteúdo e das abordagens feitas pelos autores, me comprometi a fazer um balanço da publicação, e sugeri melhorias e complementações para futuras edições, como é o caso da necessidade de abordagem de “Modelo geológico-geotécnico”, tema atualmente em pauta pela IAEG (International Association for Engineering Geology and the Environment)”, afirma.

Lançamento

O lançamento ocorrerá no dia 30 de setembro, às 11:30h, durante o pré-congresso online do 17° Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental.

📌Save the date:
O 17° CBGE está agendado para 25 a 28 de setembro de 2022 e as submissões de trabalho vão até dia 22/02/22.

Para mais informações sobre o evento e o pré-congresso e inscrições, acesse o aqui site do 17° CBGE.

Informações sobre o livro foram retiradas do site: www.abge.org.br

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No ano de 2020, a Associação Profissional Sul-Brasileira de Geólogos completou 50 anos de atuação na defesa dos profissionais de Geologia em exercício no Estado do Rio Grande do Sul. Contudo, devido o avanço da pandemia de covid-19, acabamos adiando a comemoração desta data tão especial para nós. Tendo em vista as dificuldades dos encontros presenciais ainda em 2021, optamos por celebrar os 50 anos de APSG com uma ação solidária em prol da difusão das geociências para crianças. Realizamos doações dos livros infantis “A grandiosa história de um grão de areia” e “Meus netinhos e os foraminíferos”.

Em 02 de agosto de 2021, o presidente da APSG, geólogo Gabriel Almeida Pastl, entregou oito exemplares dos livros para a prefeita do município de Santa Maria do Herval, Mara Susana Schaumloeffel Stoffel, afim de que as obras sejam distribuídas em quatro escolas da cidade. Hoje, 03 de agosto, Gabriel fez a entrega de mais oito livros ao vice-prefeito de Pareci Novo, Fábio Scnheider. A vice-diretora da Escola Municipal Beato Roque, Cristiane Schmtiz, também recebeu os exemplares em mãos. O município de Ivoti também foi contemplado com 30 exemplares, entregues à secretária de Educação e Cultura, Cristiane Spohr. Mais exemplares destes livros serão destinados a outras escolas e municípios da região metropolitana.

Geólogo Gabriel Almeida Pastl e a prefeita Susana Schaumloeffel Stoffel.

Vice-prefeito Fábio Scnheider, vice-diretora Cristiane Schmtiz e o geólogo Gabriel Almeida Pastl.

Secretária Cristiane Spohr e o geólogo Gabriel Almeida Pastl.

Em breve você também pode adquirir eles pela nossa lojinha!

Entre em contato conosco para mais informações.

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Nos próximos anos a água, obrigatoriamente, estará no centro das discussões que envolvam o desenvolvimento e a própria dignidade da população no Vale do Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre. E para liderar estes debates, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Gravatahy tem nova gestão a partir desta terça (8).

Em reunião do Comitê nesta tarde, o geólogo Sérgio Cardoso assumiu a presidência, como representante da Associação Sul-Brasileira de Geólogos, na chapa que terá como vice-presidente o engenheiro agrônomo Cláudio Fioreze, representante do Instituto Federal Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Viamão e que representa uma das principais instituições acadêmicas da região, envolvida diretamente com a temática da gestão da água na bacia do Gravataí.

A chapa vencedora foi eleita por aclamação.

“O nosso principal objetivo nesta gestão será o de chegarmos a 100% de implantação das outorgas de captação de água subterrânea e superficial, e lançamento de efluentes na bacia do Rio Gravataí nos próximos dois anos. Para isso, temos como referência valorizar o Sistema de Outorgas (SIOUT) já existente, e que ainda enfrenta problemas com a desinformação. Nosso papel como comitê é levar o conhecimento sobre o uso consciente e equilibrado da água a todos os setores e usuários envolvidos neste processo”, diz Sérgio Cardoso.

A temática das outorgas encontra-se em um momento chave. Em plena crise hídrica, ter dados concretos sobre o número de usuários e os volumes outorgados para uso de água e lançamento de efluentes de cada um é fundamental. E nesta discussão, está, por exemplo, a necessidade de regularização de poços artesianos, inclusive utilizados no abastecimento público.

Há ainda no horizonte das discussões necessárias dos próximos dois anos no Comitê o possível processo de privatização da Corsan.

Jornalista Eduardo Torres

Crédito fotos: Comitê Gravatahy

Fonte: riogravatai.com.br

Você já conhece “A Grandiosa História de um Grão de Areia“?

Este é um livro infantil, ricamente elaborado e ilustrado pela Geóloga Daniele Ingredy, que aborda de forma divertida e linguagem acessível para crianças alguns conceitos de Geologia, e uma realização da Associação dos Geólogos do Rio Grande do Norte (AGERN) e a Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO) com apoio da Mineração Apoena S.A.

No livro vamos acompanhar a metamorfose da Terra e a História de um pequeno grão de areia. Descobrir que o presente é a chave para o passado. Uma história leve e divertida sobre a transformação da Terra e de alguns dos muitos processos geológicos envolvidos. Uma pequena introdução às geociências e mais do que tudo. Mais que um livro, é uma jornada através do tempo e um convite para a formação de novos cientistas!

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Dia da Terra e uma Geologia Integralizadora

O planeta Terra registra uma inigualável complexidade de processos em subsistemas (hidrosfera, geosfera, biosfera e atmosfera) [1] que de forma ímpar se integram mantendo o equilíbrio do planeta, até mesmo quando na ocorrência de cataclismos na sua dinâmica. A natureza é sábia: um vulcão que desperta de um sono profundo expelindo com fúria partículas e fragmentos piroclásticos [2], também enriquece a terra com nutrientes, possibilitando a proliferação da vida vegetal e animal.

O próprio estado de entropia possui seu ponto máximo alcançando o equilíbrio [3]. A 2ª Lei da Termodinâmica nos mostra que a natureza, para aqueles menos otimistas, pelo menos parece ser perfeita porque tudo objetiva ao ponto de equilíbrio, independentemente do nível caótico em que as coisas se encontram. Do Arqueano, quando a Terra “respirava” gases tóxicos, e no transitar das placas tectônicas fragmentando-se e navegando lentamente sobre o manto até formar a conjuntura geográfica atual, muitas vezes o nosso planeta passou por mudanças climáticas e de paisagens, até a vida ser concebida. A Terra quando compreendida, passa a ser ainda mais admirada e respeitada.

E a Terra clama por socorro, fazendo-nos vários chamados. Atualmente os maiores desafios a nível global são combater a liberação desenfreada de gases-estufa, o afinamento da camada de ozônio, que estão diretamente associados ao aquecimento global [4]. Derrames de navios oleiros e a presença crescente de microplástico nas águas, proveniente da degradação da cadeia polimérica de vários produtos do nosso cotidiano (roupas, cosméticos, embalagens), e a falta de saneamento básico são vilões na poluição dos cursos d’água de rios, chegando aos oceanos [5]. Já o uso de agrotóxicos e inseticidas, assim como desmatamento e queimadas fazem parte de práticas humanas que devem ser fiscalizadas, controladas ou até banidas [6].

O Dia da Terra, 22 de abril, tem a finalidade de conscientizar quanto aos problemas da contaminação, conservação dos recursos naturais e biodiversidade. Na busca de uma vida “confortável”, a humanidade alimenta-se de um consumo descontrolado e deixa o rastro da degradabilidade. As estratégias de proteção do planeta e de nossa própria existência envolvem sensibilização quanto ao espaço que se ocupa e se pertence. A busca da união entre geologia e ecologia vem romper os vícios de um modus operandi muitas vezes inerte devido a uma prática profissional atrófica. Justamente porque o profissional da geologia deve estar afinado com os desafios globais e locais. Essa é a evolução tão aguardada que deve acompanhar o desenvolvimento tecnológico. O conhecimento acadêmico deve ser frutífero a fim de se construir uma Geologia crítica.

A Carta do Chefe Seattle [7] da tribo dos índios Duwamish, no Estado americano de Washington, enviada ao Presidente Franklin Pierce em 1854 continua atual e fala sobre o choque cultural entre a cultura branca e indígena e a forma com que o homem branco manipula e se apropria da terra. Essa famosa carta é mencionada em diversas instituições ambientais nacionais e internacionais, assim como órgãos ambientais administrativos, porque essas ideias atravessam o tempo. A Carta propõe a irmandade pelos elementos da natureza, a observação das folhagens na primavera, a forma de tratar os animais e percepções no trato com o ambiente que valem a pena ser conhecidas por qualquer profissional que trabalhe com (ou seria pelo?) meio ambiente. Ora, destaca-se aqui que os indígenas já tinham domínio do primeiro passo do método científico: a observação da natureza. Não da mesma forma sistemática que conhecemos, mas certamente a partir de uma visão sistêmica, a qual a ciência passou a considerar fundamental a partir da década de 60. 

E por que não incorporarmos esses valores nas nossas tomadas de decisões? Na nossa gestão? A gestão deveria começar com a autogestão. No ponto de vista ecológico, a escolha que visa o bem e o equilíbrio sempre resulta em harmonia para o ambiente. Mas quando a gestão é de partidos, a gestão está fadada a se partir. “Pedaços de gestão” não atendem as necessidades de caráter integralizador que a nossa sociedade atual, com diversas demandas, exige.  Neste quesito, um convite é lançado: quem sabe a observação, inserida na metodologia profissional, poderia ser conduzida também como “contemplação”, assim como nossos ancestrais faziam?  Será que chegamos a um ponto de inflexão onde diversas práticas devem ser revisadas? Será que conseguiremos fazer uma Geologia mais integralizadora?

Que o dia 22 de abril, Dia da Terra, possa ser uma oportunidade de reflexão sobre a nossa prática profissional e sobre o que desejamos para nós e para as próximas gerações de colegas Geólogas e Geólogos.

Kellen Muradás

Licenciada em Física, Geóloga e Mestre em Geologia – Planejamento Ambiental.

Referências

[1] Odum, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. 434 p.

[2] Grotzinger, J.J., Press, T., Frank – Siever, R. Para entender a Terra. Ed. Bookman, Porto Alegre. 2006, 656 p.

[3]UFSM. Leis da Termodinâmica. Acesso pelo sítio https://www.ufsm.br/cursos/graduacao/santa-maria/fisica/2020/02/21/leis-da-termodinamica/  em 17/04/2021.

[4] TIME.  How eating less meat could help protect the planet from climate change. Acesso pelo sítio https://time.com/5648082/un-climate-report-less-meat/

[5] World Health Organization – WHO. Microplastics in drinking-water. Acesso pelo sítio https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/1243269/retrieve.

[6] Instituto Socioambiental – ISA. 2008. Almanaque Brasil Socioambiental. 552 p.

[7] Prefeitura de São Paulo. Carta do Chefe Seattle. 1984. Acesso do sítio na internet em 28/03/2021.   https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/Carta_do_Chefe_Seattle_1263221069.pdf

A tarde do dia 08 de abril de 2021 foi marcada por uma reunião virtual entre representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre – SMAMUS e da Associação Profissional Sul-Brasileira de Geólogos – APSG. A SMAMUS, atendendo à solicitação de audiência da APSG, prontificou-se a esclarecer os questionamentos feitos pela associação, no que toca a Instrução Normativa 005/2021, emitida pelo ente público.


O Secretário Germano Bremm abriu o encontro e, a seguir, passou a palavra ao Diretor de Licenciamento Ambiental de sua pasta, biólogo Marcelo Grunwald. “A IN 005/2021 não aborda questões de licenciamento ambiental, sendo, para tanto, adotada a Resolução CONSEMA 372 e suas posteriores alterações. Além disso, poucas áreas ficariam desprovidas de investigação ambiental”, afirmou Grunwald. No entanto, o biólogo acredita ser relevante a preocupação da APSG, uma vez que a IN em tela isenta a necessidade de licenciamento ambiental para a realização de projetos de edificações em zonas urbanas consolidadas, o que pode resultar em liberação de construções em áreas potencialmente contaminadas, gerando riscos para a saúde humana e o meio ambiente.

Ao final da discussão on-line, os participantes acordaram em firmar uma parceria entre as duas entidades, junto a outros órgãos atuantes no âmbito da Gestão de Áreas Contaminadas (GAC). Neste sentido, a APSG comprometeu-se a enviar sugestões de alterações na redação da IN 005/2021, de modo a torná-la ainda mais eficaz e instrutiva.
Compareceram também ao debate os geólogos Gabriel Almeida Pastl, Presidente da APSG, Eduardo Sanberg, Fernando Calza e Tamara França Machado, membros da associação, bem como os geólogos Luís Felipe Dorneles e Juliana Dubois Ferreira, atuantes na SMAMUS.